No passado dia 15 de abril, decorreu a prova desportiva Running Challenge – uma corrida maioritariamente de trail, realizada pela primeira vez em 2013, para homenagear todos aqueles que construíram e ocuparam o sistema defensivo das Linhas de Torres.
Com duas distâncias longas (Ultramaratona de 100 km e Maratona Trail de 42km) e duas mais curtas (Corrida de 10 Km e Caminhada de 6Km), esta prova é um desafio único, num percurso que testemunha um dos períodos históricos mais relevantes para Portugal e para a Europa – as Guerras Napoleónicas.
Os cerca de 300 participantes, parte deles integrantes dos três Ramos das Forças Armadas e das Forças de Segurança, correram em alguns dos sítios mais emblemáticos das Invasões Francesas, rasgando paisagens extraordinárias, como é o caso das que vislumbram a partir do Forte do Alqueidão ou da Serra do Socorro, pontuados pelo sistema de comunicação ótico, utilizado em 1810, e pelos grupos de recriação da Associação de Cultura e Recreio 13 de Setembro de 1913 – Guerrilha de Montagraço e Companhia de Artilharia de Sobral – bem como pelo grupo de bombos Treze a Rufar. O ponto de chegada foi a cidade de Torres Vedras.
No dia 16 de abril, teve lugar, na Escola de Armas (Mafra), a cerimónia de encerramento da prova e a entrega de prémios, presidida pela senhora ministra da Defesa Nacional.
Coube ao senhor presidente da Rota Histórica das Linhas de Torres, José Alberto Quintino, a entrega de um dos prémios.
Durante a parte da tarde, as delegações estrangeiras participantes tiveram a oportunidade de ter uma visita cultural guiada às Linhas de Torres que terminou, com passagem pelo Forte de S. Vicente, o Centro de Interpretação das Linhas de Torres e o Museu do Vinho e da Vinha de Bucelas. A visita terminou com uma degustação de produtos regionais e uma prova de Arinto Bucelas.
Este evento, promovido na sequência do protocolo assinado entre o Ministério da Defesa Nacional através da Direção-Geral de Recursos da Defesa Nacional, o Estado-Maior-General das Forças Armadas, Associação de Deficientes das Forças Armadas (ADFA) e a Rota Histórica das Linhas de Torres, reveste-se de relevante cariz solidário atendendo a que os seus proveitos financeiros revertem em exclusivo a favor da Associação dos Deficientes das Forças Armadas (ADFA), fundada em 1974, com a missão de assegurar os direitos dos deficientes militares, reivindicando e desenvolvendo condições que possibilitem o pleno exercício da cidadania.
