Este é o percurso onde os montes parecem acariciar o céu, onde o sol ilumina os riachos no fundo dos desfiladeiros e dizem, quem por lá passa, que só dali se pode ouvir o cantar das águas.

Inicie a visita no centro de Arruda dos Vinhos, a vila que o primeiro rei português, D. Afonso Henriques, doou à Ordem de Santiago. Do Centro de Interpretação das Linhas de Torres, em Arruda dos Vinhos, parta à descoberta do Forte do Cego e do Forte da Carvalha. Misture-se com a ruralidade dos locais, visite o santuário de Nossa Senhora da Ajuda e siga até à aldeia de Alrota, para descobrir o Reduto da Ajuda Grande. Daí é fácil compreender a relação simbiótica das fortificações com o relevo, tal como a estratégia da sua construção. Os fósseis debaixo dos seus pés, ou nas pedras utilizadas para revestir os Fortes, relembram o longo tempo da Terra.

Continue até à vila de Bucelas e tem à sua espera o Centro de Interpretação das Linhas de Torres e o Museu do Vinho e da Vinha, a Igreja Matriz, e uma gastronomia rica em vinhos de excelência. Recuperadas as forças, procure o Forte do Arpim, que juntamente com as fortificações da Aguieira asseguravam a defesa dos desfiladeiros, fechando a passagem para a cidade de Lisboa.

O final deste percurso conta com a visita às três estruturas fortificadas no topo da serra da Aguieira. A partir do cruzamento do Mato da Cruz em direção a Alverca do Ribatejo, encontramos primeiramente a Quinta da Portela, e subindo a estrada rural, junto à mesma, chegamos aos Fortes da Aguieira, da Portela Grande e Portela Pequena, que funcionavam em conjunto como uma praça militar isolada. Todo o conjunto é um miradouro com vistas privilegiadas.